A transformação digital no setor da construção já não é mais uma tendência: é uma necessidade. Para órgãos públicos e empresas privadas que lidam com grandes volumes de informação, equipes multidisciplinares e projetos complexos, a gestão de dados passa a ser um fator decisivo para garantir entregas mais ágeis, seguras e eficientes. Nesse contexto, o uso do Ambiente Comum de Dados (CDE) se destaca como um dos principais pilares da metodologia BIM, conforme definido pela norma ABNT NBR ISO 19650.
O que é o CDE e por que ele é essencial para o BIM?
O Ambiente Comum de Dados (CDE) é um espaço digital estruturado que reúne, organiza e disponibiliza todas as informações de um projeto em um único lugar. Isso inclui desde documentos técnicos e modelos 3D até cronogramas, históricos de alterações e registros de versões. A ideia central é eliminar as “ilhas de informação” que atrasam decisões, aumentam retrabalhos e comprometem a rastreabilidade dos dados.
Resumo prático:
- Evita perda de informações em e-mails ou WhatsApp;
- Centraliza atualizações, facilitando o controle de versões;
- Cria uma única fonte confiável para todo o time;
- Atende aos requisitos normativos da ISO 19650.
Cenário comum antes do CDE: comunicação fragmentada e ineficiência
Antes da adoção de um CDE, a realidade de muitos projetos envolve:
- Informações descentralizadas;
- Documentos perdidos em trocas de e-mails;
- Equipes que não sabem onde está a versão mais recente de um arquivo;
- Dificuldade de acesso para partes externas ao escritório.
Esses obstáculos impactam diretamente no prazo e na qualidade da entrega — além de fragilizarem o processo de fiscalização e prestação de contas, especialmente no setor público.
O que muda com a adoção do CDE
A introdução de um CDE promove uma verdadeira mudança de paradigma. A gestão passa a ser centrada em dados confiáveis e acessíveis. Com isso, é possível:
- Ter controle sobre o ciclo de vida da informação;
- Reduzir retrabalhos por desencontro de dados;
- Integrar equipes internas e externas com segurança;
- Tomar decisões baseadas em dados atualizados em tempo real.

Ferramentas como o Autodesk Docs são referências nesse cenário, por oferecerem rastreabilidade, permissões de acesso, versionamento automático e integração nativa com o ecossistema Autodesk.
Casos de sucesso: quando a prática confirma a teoria
Durante o webinar, foram apresentados exemplos concretos de órgãos públicos que, com o apoio da MCR Software, conseguiram:
- Reduzir o tempo de resposta entre equipes;
- Rastrear a origem de todas as informações de projeto;
- Tomar decisões assertivas com base em dados únicos e atualizados;
- Facilitar auditorias e processos de controle interno.
Por que o CDE deve ser previsto desde a licitação?
Segundo a ISO 19650 e as diretrizes do Plano de Execução BIM (BEP), o CDE deve ser previsto ainda na fase licitatória, para que todos os envolvidos já saibam onde e como a informação será gerida. Isso evita conflitos futuros e acelera a curva de adoção da metodologia BIM na prática.
Conclusão: o CDE é mais do que um repositório de arquivos
Ao estruturar os processos em um CDE, sua organização ganha muito mais do que agilidade. Ela passa a contar com um sistema inteligente de governança da informação — que não apenas conecta pessoas e dados, mas que reduz erros, economiza recursos e aumenta a confiança entre as partes.
🔗 Quer saber como a MCR Software pode implementar o CDE na sua instituição? Entre em contato conosco preenchendo o formulário abaixo.